terça-feira, 22 de junho de 2010

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Cumplicidade!



Cumplicidade!!

Há muito seu travesseiro era seu cúmplice e confidente. Com ele dividia as suas reais preocupações do dia-a-dia. Chegar à meia-idade, sozinho, trazia-lhe certo amargo na boca. Mexia com ele. Realmente, a esta altura do campeonato, se as coisas estavam assim, há que se convir que tinha havido consentimento de sua parte. Óbvio que existe sempre uma justificativa que soa como tom de desculpa – conversa mole pra boi dormir.


Na realidade, fechou-se em seu casulo. Adiou o virar da página, sem permitir realizar seu lado borboleta. Não buscou novos narcisos nem costelas-de-Adão.

Mestre da maldita mania de ser ex/tre/ma/men/te seletivo. Esqueceu-se de que o equilíbrio está no meio. Sua independência nunca lhe permitiu invasões e questionamentos. Sentia-se diferente. E realmente era.

Hoje é capaz de admitir seu engano: o ser humano não busca o diferente e sim o igual. Balela esta tal história de que o positivo procura o negativo. É só observar: o chato gosta da chata, o inculto da inculta, o gentil da gentil, o miserável da econômica… (Ou então a relação tem por base a tolerância).

Acordou tarde. Mas resolveu agarrar-se com unhas e dentes à possibilidade de encontrar eco para ouvir e ser ouvido, compartir e trocar. Ter e dar prazer. Sentir a beleza do silêncio dividido.


O que é cumplicidade pra vc?

sábado, 26 de dezembro de 2009




Como você pode? um texto lindo que fala de animais?

ese é um testo que eu peguei de um site fala sobre um cachorro é ralmemente muito lindo e eu chorei muito qdo li to corando até agora (meu teclado ta molhado e meu nariz ta vermelho)


Quando era um filhote, eu o distraia com minhas travessuras e o fazia rir.



Você me chamava de sua criança e, apesar de um certo número de sapatos mascados e um par de almofadas destruídas, eu me tornei sua melhor amiga.



Sempre que eu fazia algo errado, você chacoalhava seu dedo para mim e dizia: "Como você pôde" - mas depois você se arrependia e me rolava no chão para me coçar a barriga.



Meu treinamento demorou um pouco mais do que o esperado porque você estava ocupado demais, mas, juntos, nós conseguimos dar um jeito...



Eu me lembro daquelas noites em que me aninhava a você na cama e ouvia suas confidências e sonhos secretos - e acreditava que a vida não poderia ser mais perfeita.



A gente fazia longos passeios e corridas no parque, andava de carro, e parava para um sorvete (eu ganhava só a casquinha porque "sorvete não faz bem para cães" você dizia) e eu tirava longos cochilos ao sol enquanto aguardava sua volta para casa ao final do dia.



Aos poucos você passou a gastar mais tempo no trabalho e com sua carreira e levava mais tempo procurando por uma companheira humana.



Eu esperei por você pacientemente, confortei-o em suas mágoas e desilusões, nunca o repreendi por suas escolhas ruins, e vibrei de alegria nas suas vindas para casa e quando você se apaixonou...



Ela, agora sua esposa, não é uma "apreciadora de cães" - ainda assim eu a recebi em nossa casa, tentei mostrar-lhe afeição, e a obedeci. Sentia-me feliz porque você estava feliz.



Então vieram os bebês humanos e eu reparti com você o entusiasmo. Eu estava fascinada por seus tons rosados, seu cheiro, e queria muito cuidar deles também. Mas ela e você tinham medo de que eu pudesse machucá-los, e eu passei a maior parte do tempo sendo banida para outra sala, ou para a casinha de cachorro..



Oh, como eu queria tê-los amado, mas eu me tornei uma "prisioneira do amor."



À medida que foram crescendo, me tornei amiga deles. Eles se agarravam ao meu pêlo e se levantavam sobre perninhas trôpegas, enfiavam os dedos em meus olhos, examinavam minhas orelhas, e davam beijos em meu nariz. Eu adorava tudo isso, e o toque de suas mãozinhas - porque o seu toque agora era tão raro - e eu os teria defendido com minha própria vida, se fosse preciso.



Eu me esgueirava para suas camas e escutava suas inquietações e sonhos secretos, e juntos esperávamos pelo barulho de seu carro no caminho.



Houve um tempo, quando alguém perguntava se você tinha cachorro, em que você tirava uma foto minha de sua carteira e contava histórias sobre mim. Nos últimos anos você apenas respondia "sim" e mudava de assunto.



Eu passei de "seu cão" para "apenas um cachorro" e você reclamava de cada gasto que tinha comigo.



Agora você tem uma nova oportunidade de carreira em outra cidade , e vocês irão se mudar para um apartamento onde não permitem animais. Você tomou a decisão acertada para sua "família", mas houve um tempo em que eu era sua única família.



Fiquei excitada com o passeio de carro até que chegamos ao abrigo de animais. O local tinha cheiro de gatos e cães, de medo, de desesperança. Você preencheu a papelada e disse "Sei que vocês encontrarão um bom lar para ela"... Eles deram de ombros e lançaram a você um olhar compadecido. Eles compreendem a realidade que espera um cão de meia idade, mesmo um com "papéis".



Você teve que desgarrar os dedos de seu filho de minha coleira enquanto ele gritava "Não, papai! Por favor, não deixe que levem meu cão!". E eu me preocupei por ele, e com a lição que você tinha acabado de lhe dar sobre amizade e lealdade, sobre amor e responsabilidade, e sobre respeito por todo tipo de vida.



Você deu um afago de adeus em minha cabeça, evitou meu olhar e, polidamente, recusou levar minha coleira e guia com você. Você tinha um tempo-limite para encarar e agora eu também tenho um.



Depois que você partiu as duas simpáticas senhoras que o atenderam comentaram que você provavelmente soube meses atrás da mudança que ocorreria e não fez nenhuma tentativa de encontrar um novo lar para mim.



Elas sacudiram a cabeça e disseram "Como você pôde?".



Elas são tão atenciosas para nós aqui no abrigo quanto seus ocupados horários permitem. Elas nos alimentam, é claro, mas eu perdi meu apetite dias atrás. De início, sempre que alguém passava pelo meu alojamento, eu corria para a frente, na esperança de que fosse você - que você tivesse mudado de idéia - que isto fosse tudo um sonho mau.... ou eu esperava que ao menos fosse alguém que se importasse, alguém que pudesse me salvar.



Quando percebi que não poderia competir com os alegres filhotes, inconscientes de seus próprios destinos, nas brincadeiras para chamar atenção, a
  • 6 meses atrás

Detalhes Adicionais

afastei-me para um canto distante, e aguardei.



Ouvi seus passos quando ela veio até mim ao final do dia, e a segui ao longo do corredor para uma sala separada. Uma sala deliciosamente silenciosa. Ela me colocou sobre a mesa, acariciou minhas orelhas, e disse-me para eu não me preocupar. Meu coração se acelerou na expectativa do que estava para vir, mas havia também uma sensação de alívio. A prisioneira do amor havia esgotado seus dias.



Como é de minha natureza, estava mais preocupada com ela. O fardo que ela carrega é demasiado pesado, e eu sei disso, da mesma maneira que conhecia cada um de seus humores. Ela gentilmente colocou um torniquete em volta de minha perna dianteira, enquanto uma lágrima corria por sua face. Lambi sua mão do mesmo modo como costumava fazer para confortar você há tantos anos.



Ela habilmente espetou a agulha hipodérmica em minha veia. Quando senti a picada e o líquido frio se espalhou através de meu corpo, deitei a cabeça sonolenta, ol
6 meses atrás
Ela habilmente espetou a agulha hipodérmica em minha veia. Quando senti a picada e o líquido frio se espalhou através de meu corpo, deitei a cabeça sonolenta, olhei dentro de seus olhos gentis e murmurei "Como você pôde?".



Talvez por ter entendido meu linguajar canino, ela disse "Sinto tanto!", abraçou-me e apressadamente explicou que era seu trabalho fazer com que eu fosse para um lugar melhor onde não seria ignorada, ou maltratada ou abandonada, nem ter que me virar para sobreviver - um lugar de amor e luz, tão diferente deste lugar terrestre.



E com minha última gota de energia tentei transmitir -lhe com uma sacudidela de minha cauda que meu "Como você pôde?" não era dirigido a ela.



Era em você, Meu Amado Dono, que eu estava pensando. Pensarei em você e esperarei por você eternamente.



Possa alguém em sua vida continuar a demonstrar-lhe tanta lealdade.

Amor incondicional.



Amor incondicional


Nada é mais detestável do que comparar adotar um cachorro a adotar uma criança, já que são duas coisas inteiramente diferentes. Uma vez eu estava numa roda de amigos elogiando uma mulher que dedicava sua vida aos gatinhos abandonados. Então uma moça falou: "É um absurdo adotar animais com tantas crianças desamparadas.". É o tipo de argumento que me deixa maluca. Porque essas pessoas nem sequer raciocinam, apenas repetem um lugar comum. Perguntei: "O que você faz pelas crianças abandonadas?". Ela ficou calada e logo depois saiu-se com essa: "Não tenho dinheiro. Se tivesse, ajudaria crianças e não animais". É uma resposta muito fácil de ser dada. "Mas você não precisa ter dinheiro", argumentei."Existem outras formas de ajudar uma criança carente. Você pode subir o morro e ler para elas, pode ensiná-las a desenhar, dar aulas. Não precisa ter dinheiro para ser útil". Ela ficou na dela.

O negócio é que são duas coisas distintas: crianças e animais. São dois problemas, e um não elimina o outro. O que existe em comum é que, como um filho, um cachorro também é para sempre. Não é como um vestido que você acha bonito, compra, e depois, enjoada, se desfaz. É um compromisso. Eduardo Dusek prestou um desserviço enorme quando compôs o hit "Troque seu cachorro por uma criança pobre". A música ajudou a cristalizar um discurso equivocado. E que eu saiba ele nunca adotou criança alguma.

Muitas vezes vejo pessoas mexendo nas latas de lixo da cidade, procurando restos de comida. Me sinto péssima, porque a injustiça social me faz mal, é cruel. Mas quando vejo um cachorro revirando o lixo não consigo parar de chorar. Porque o homem pode trabalhar, fazer um bico, pedir, implorar, roubar. O cachorro não. Ele depende exclusivamente da bondade humana.

Não é legal comprar cachorro. São muitos os que estão prontos para ser doados. E tem pra todos os gostos, cores, tamanho, estilo. O cachorro é o melhor amigo do homem, não resta dúvida. Conheço pessoas que passaram por depressões terríveis e foram salvas pela dedicação e carinho de um cão. Volta e meia sai nos jornais matérias mostrando cães que salvaram crianças. Durante o Tsunami, um deles carregou um bebê na boca até encontrar um lugar seguro. O cãozinho da Drew Barrymore puxou sua camisola enquanto ela dormia para avisar que a casa estava começando a pegar fogo.

No outro dia vi um sem-teto dividindo restos de uma quentinha com seu cachorro. Se o cachorrinho, que usava uma coleirinha feita de barbante, pudesse ter a chance de escolher entre morar em um castelo com muito filé mignon. ou estar ali ao lado daquele homem, você pode ter certeza que ele ficaria com a segunda opção. Isto se chama: amor incondicional.

Conheça a editoria Vira-lata, inteiramente dedicada aos animais e ao planeta em que vivemos.